segunda-feira, 28 de julho de 2008

Tic-Tac


Um tic-tac que não acaba vai infernizando a minha vida e lembrando-me dos desperdícios a que me vou propondo voluntariamente. Vou desperdiçando mais uns minutos e aquele tic-tac vai fazendo a banda sonora, segundo a segundo, daquele meu fazer coisa alguma. Agarro num monte de penas, daqueles que se encontram envoltos num pedaço de pano, e ponho-o em cima do mecanismo sonoro. Continuo o meu quotidiano, agora embebido num tic-tac abafado, fazendo um eco maior na minha cabeça. Engraçado, podemos estar a fazer o que quisermos, a rir, chorar, dormir, correr, meditar, bocejar, fazer nenhum ou fazer tudo, fazer o bem ou o mal, que há sempre uma coisa constante a tudo, o tic-tac daquele relógio. E mesmo que eu me farte e o parta, o tic-tac vai continuar na minha cabeça e na minha vida. Bem, acho que vou aproveitar os próximos tic-tacs para descançar, para assim aproveitar bem os tic-tacs do dia de amanhã!