sábado, 1 de novembro de 2008

Rascunhos


Perdido… Sempre perdido! Vá, esfregar a os olhos, respirar fundo, abanar a cabeça e olhar para o texto outra vez. O banco do autocarro sofria com o meu peso… Mais uma metáfora repetitiva. Tentar outra vez! As duas vozes suaves que estavam atrás de mim… Boa, estavam atrás de mim e daí? São banalidades! Entretanto uma voz respondia suavemente aos porquês do filho… E isso interessa a alguém? Começo a ficar farto! Calma, concentração, inspiração. Inspiração… Já não sei o que é isso. Espera, estou a sentir o peito a inchar involuntariamente, estou a viver palavras, imagens e cheiros à minha volta, acho que me estou a inspirar… Não, estou a forçar a coisa. Aliás, se estivesse inspirado não estava com tanta raiva do que estou a escrever. Estou só a perder tempo e a desperdiçar bateria. Mas que mania a minha! Mas por que raio é que eu tenho d tentar colocar nas palavras o que sinto esperando que quem ler irá sentir o mesmo que eu? Eu sou científico, racional, e sei que isso não é possível. E pronto, para não variar dou por mim a contrariar-me a mim próprio… É isso e a minha mania de falar demasiado, sem demasiadamente sincero. OK, isto agora está a parecer uma introspecção… Estou sem paciência para deprimir agora. Que raiva! Que se lixe o computador e esta sensação e o texto que eu ia escrever! Vou dormir!

3 comentários:

Otário Tevez disse...

vou adicionar teu blog... espero pela tua visita!

abraço virtual aqui do Otário...
fika bem!

Tita disse...

Não deprimas,é esse o espírito!

Anónimo disse...

"Mas por que raio é que eu tenho d tentar colocar nas palavras o que sinto esperando que quem ler irá sentir o mesmo que eu?"

Amiguinho, esta frase deixou me a pensar! Porque raio quando fazemos algo, quer seja um texto, um poema, uma música, um desenho… havemos de pensar no que vão os outros achar da nossa “obra”?
Isso acontece-me muito, embora eu tente evitar! Escrevo para mim, escrevo o que me sai, escrevo o que as minhas mãos querem escrever, escrevo coisas nas quais não penso duas vezes… e às vezes sai uma grande borrada, mas que se lixe! A borrada é minha, fui eu que a escrevi, e guardo-a da mesma forma que guardo os meus livros começados, os meus poemas e folhas escritas…tudo é importante!

Quanto aos teus posts, continuo com a mesma opinião, ou seja… está lá intrínseca muita tristeza e alguma raiva… ainda gostava de perceber porque, mas isso já seria perguntar coisas a mais… e eu não gosto de fazer perguntas, antes prefiro esperar até que as pessoas tenham vontade de falar das coisas!

Espero continuar a partilhar chás contigo, no “nosso” conta-coisas… aquele sitio mágico onde as conversas se fundem e duram horas e horas!

Se quiseres e te interessar, dá um saltinho ao meu blog (www.ositiodosgatospretos.nireblog.com), é uma escrita mais descontraída, um texto mais corrido… normalmente um relato daquilo que costumo fazer… e… blá blá blá, vai lá e pronto!! :)


Beijinho grande para ti**

Ana Sousa